quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Otakus contra a Lei 156 produzem mangá parodiando a nova regulamentação


A previsível revolta de mangakás no Japão devido a promulgação da Lei 156 começa a tomar maior proporção no país. A “gota d’água” para alguns artistas foi o comentário feito pelo governador Ishihara, que chamou certos otakus de pessoas tristes com o DNA deformado. Uma manifestação já havia sido anunciada por editoras de mangás, que iriam boicotar a Tokyo Anime Fair.
Pois agora, autores e artistas amadores também entraram no “ringue”, e um dos primeiros golpes do grupo será o lançamento de um doujinshi, intitulado de “Monkey Business: An Idiot’s Guide to Tokyo’s Harmful Books Regulation” (traduzido ao pé da letra como “Negócios de Macaco: Um Guia de Idiotas para a Regulamentação de Livros Nocivos de Tóquio”).
Construído sob a forma de Even a Monkey Can Draw Manga (Até um Macaco Pode Desenhar Mangá), Monkey Business vai parodiar histórias de variados gêneros, como homossexualidade e shoujo, destacando os detalhes da Lei 156 e outras tentativas do governo de impor restrições a tudo aquilo que eles consideram de mau gosto. Os revoltosos veem tais proibições como uma invasão ao direito de livre expressão constado na Constituição japonesa.
O produto será lançado na próxima sessão de inverno da Comiket, e também estará disponível para compra através da Amazon por 800 ienes. Para todas as idades, o livro será construído de forma que a lei não possa tocá-lo, mesmo por seus vários termos vagos. A arte será desenhada pelo veterano produtor Takaaki Suzuki (Strike Witches) e escrita por Takeshi Nogami.

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